LIdar com a complexidade
Em minhas análises, leituras e projetos sobre o nosso tempo acelerado, as novas demandas e desafios para continuarmos a evoluir e prosperar, existe um tema particularmente importante que é a capacidade que temos em lidar com a complexidade : "muitas coisas interagindo de modo não simples e interdependentes"
É fato que as mudanças, cada vez mais rápidas e diversas, aumentam a complexidade dos cenários, dificultam o melhor entendimento e geram incertezas nas decisões.
Como lidar com isso?
Não tenho a pretensão de dar uma resposta, pois uma resposta única não existe, mas quero levantar conceitos que nos ajudem num caminho que maximize nossas chances de lidar com as complexidades e tomarmos as melhores decisões.
Podemos entender a complexidade como enfrentar ambiguidades, incertezas, mudanças rápidas e abruptas, ou algo de múltiplas interações. Um ponto é certo: não é fácil.
Nossa capacidade de lidar com a complexidade depende da nossa idade, da nossa experiência de vida, dos conhecimentos adquiridos, dos momentos vividos e armazenados em nossa memória; é uma evolução gradual e natural como seres humanos.
Com isso devemos avaliar, no âmbito desenvolvimento organizacional, a capacidade de lidar com a complexidade do Capital Humano nas Organizações alinhado com o planejamento estratégico do negócio.
Vamos olhar sob 2 angulos:
1- Experiência e conhecimento
Estudos - Executive Guide to Managing Complexity : Elliott Jaques - indicam que precisamos adquirir experiência e conhecimento para lidarmos melhor com a complexidade.
Nesses estudos foram desenvolvidos e caracterizados 7 Níveis de Complexidade que se relacionam com "intervalos de tempo". Em tese, esses são os tempos necessários para um desenvolvimento gradual de ganho de experiência, melhor capacitação frente a complexidade e mais preparado para tomadas de decisões.
Relaciono os Níveis de Tempo com uma Função Organizacional para facilitar o entendimento:
2- Inteligência Emocional
Para lidarmos com a complexidade precisamos de estabilidade interna (nós mesmos); isso implica em manter a calma, permanecer comprometido e focado, mesmo sob pressão e mesmo quando não sabermos - ainda - o que fazer.
Para um bom discernimento e tomada da melhor decisão possível é imperativo manter o autocontrole, refletir sob diversas perspectivas, ponderar nos resultados prováveis e dizer não aos impulsos: ou seja, bem difícil.
Aqui a combinação de 2 componentes desenvolvidos em Inteligência Emocional - Daniel Goleman - nos ajudam muito:
Em resumo:
Experiência combinada com conhecimento e Inteligência Emocional (Autoconsciência e Autogestão) é um dos parâmetros a ser usado pelo RH Estratégico no planejamento e desenvolvimento organizacional : a avaliação da competência - lidar com complexidade .
Sérgio Lima